Acordei, abri a janela. O clima para os padrões locais, lastimável. “Isso quer dizer que como não há praia, haverá fila na secção eleitoral. Hum, merda!”. Tomei um achocolatado industrial e comi uns pedaços de bolo formigueiro e fomos votar. Em família. No caminho, enviei umas mensagens para os mais queridos. Mensagens simples. Que não pedem votos, mas pede consciência. E acho que fiz minha parte nesse processo eleitoral calmo, sem graça, ameaçado pela censura, monolítico e sem programa e sem vida. “Lembrou-me o ultimo BBB – vencido pela força e a truculência de covardes”.
Depois das mensagens foi a vez de ler a coluna de Clovis Rossi, analítico político. E mais algumas noticias sensacionalistas do jornal local. E não pude deixar de fazer algumas considerações enquanto chegava à minha zona eleitoral. A minha frente, 15 pessoas, algumas crianças pentelhas e idosos exercendo o seu direito de preferência para o voto.
13 milhoes são POBRES de fato. Porque somente ganham um ou dois salários mínimos;
28 milhoes estão EXCLUÍDOS do sistema publico de aposentadoria, auxílios trabalhistas, logo não existem;
49% da população eleitoral tem no maximo somente o curso fundamental
Devem demorar no maximo 4 minutos para votar em 5 candidatos;

“O pobre quer apenas um pouco de pão enquanto o rico quando encosta na gente quer um bilhão”, Luiz Ignácio Lula da Silva
Já no caminho secção eleitoral eu comprovei como isso se reflete nas ruas, entupidas de santinhos eleitorais; gente afirmando que preferiria estar na praia a ir votar e ate mesmo um cara que conseguiu entrar tomando uma cerveja no colégio eleitoral. Sendo esse ato uma grave infração. Ninguém pode falar nada porque as leis não pegam nesse pais afirmou ele aos gritos; visivelmente alcoolizado.
Com dados da coluna de Clovis Rossi. Charges de Glauco, Mafalda e internet. Sem pretensões comerciais.
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